Era Napoleônica
O
início da Era Napoleônica é um desdobramento de diversos conflitos entre a
burguesia e as camadas populares durante da Revolução Francesa. Durante a
terceira fase desta, também conhecida como Diretório, foi-se instalado um
governo burguês e uma nova constituição. Nessa fase, o poder executivo era
composto por cinco diretores. O golpe do 18 Brumário, articulado pelos
diretores temerosos da crescente popularidade do militar, levou ao poder
Napoleão Bonaparte com o apoio da baixa burguesia e do exército, dando início
da Era Napoleônica, que futuramente seria dividida em três fases: o consulado, o
império e o governo de cem dias.
O
Consulado (1799-1804)
A principal característica deste
período é a de se assemelhar a uma república. Napoleão garantiu a estabilidade
econômica da França, além de consolidar o capitalismo a fim de combater com a
Inglaterra. Criou o Banco
da França, responsável por ceder créditos para
o incentivo da indústria no país além de controlar a inflação. Também foi
responsável pelo Senado e pelo Tribunal, o setor legislativo do Estado.
Sagaz como era, Napoleão não deixou
de lado o apoio da Igreja, assinando concordatas com o papa. Assim, o Estado
poderia confiscar as terras da Igreja desde que desse suporte e amparo a esta.
Além disso, criou o Código
Civil Napoleônico, onde assegurava a igualdade perante
a lei, o direito a propriedade privada, a proibição de greves e o reestabelecimento
da escravidão.
Seu governo foi marcado pela paz
externa e graças a isso, através de um plebiscito, Napoleão Bonaparte foi
declarado único Cônsul
Vitalício Hereditário, o que desencadeou, pouco tempo
depois também por plebiscito, a sua proclamação como Imperador.
O Império
(1804-1814)
Com o apoio do povo, através de um
plebiscito, a França entrava em um regime monárquico do qual Napoleão seria o
Imperador. A corte era constituída pela alta burguesia, membros da elite do
exército e pela antiga nobreza.
As principais características desse
período foram as constantes guerras externas, o que fez com que a França
chegasse a sua maior extensão territorial até então e tivesse o exército mais
poderoso de toda a Europa. A Inglaterra, inimigo histórico da França, sempre
foi o seu principal alvo e durante esse período não seria diferente. A fim de
diminuir o poder econômico do país inglês, Napoleão declarou o Bloqueio Continental (1806), isto é, aqueles países que fossem aliados da França não mais poderiam
fazer trocas comerciais com a Inglaterra, caso fizessem teriam seus países
invadidos. Assim, a Inglaterra não mais faria exportações, causando uma crise
industrial/comercial naquele país.
Paulatinamente, os países aliados da
França, como a Rússia, foram tendo suas economias quebradas devido ao fato de
que a França não podia suprir as necessidades mercantis da mesma forma que a
Inglaterra fazia. Em 1812, o Czar Alexandre I da Rússia rompe a aliança que
tinha com o país francês e volta a comercializar com a Inglaterra, o que força
Napoleão a investir seus esforços em uma campanha contra a Rússia. Mais
astuto do que Bonaparte poderia prever, o czar Alexandre I utiliza a técnica da Terra Arrasada, ou seja, a própria população russa destrói qualquer plantação ou
abrigo que pudesse servir ao inimigo francês, o que leva à derrota o exército
da França por fome e frio no território russo.
Ao retornar a França em 1813,
Napoleão Bonaparte tem seu exílio decretado na Ilha de Elba pela Espanha,
Rússia, Prússia, Inglaterra e Áustria, após a vitória destes na batalha de
Leipzig.
O Governo
dos Cem Dias
Cerca de um ano depois de sua ida a
Ilha de Elba, Napoleão consegue fugir e retorna à França. Sob os festejos de
ex-soldados, governa o último dos períodos napoleônicos: o governo de cem dias.
Após nova derrota na Batalha de Waterloo, em 1815, os ingleses decretam seu novo exílio na Ilha de Santa Helena,
na África, onde permanece até sua morte, em 1821.
gostei da matéria explica um pouco sobre a era napoleônica
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