Com inicio em fins do séc. XI e
desenvolvendo-se por todo o séc. XII, verificou-se uma mudança nítida da ênfase
religiosa. Acentuava-se agora a importância de um ingresso evangélico no
mundo. A igreja a influenciar o mundo,
organizando-o e conduzindo-o à salvação. Essa mudança foi considerada a crise
religiosa do séc. XII.
Nesse estudo reavivado do evangelho os cristãos se tornaram coletivamente do mundo que os rodeava e procuraram racionaliza-lo.
O pecado deixaria de ser uma questão de ações externas com contra ações de penitencia, mas passava também a ser contrição interior do foro intimo de cada um, essa espiritualidade a corresponder aos desenvolvimentos agrários e urbanos no sentido da expansão da Europa, que estavam também a verificar-se em diferentes esferas do séc. XII.
Nesse estudo reavivado do evangelho os cristãos se tornaram coletivamente do mundo que os rodeava e procuraram racionaliza-lo.
O pecado deixaria de ser uma questão de ações externas com contra ações de penitencia, mas passava também a ser contrição interior do foro intimo de cada um, essa espiritualidade a corresponder aos desenvolvimentos agrários e urbanos no sentido da expansão da Europa, que estavam também a verificar-se em diferentes esferas do séc. XII.
Raízes da crise
O
período antes e depois do papa Gregório VII foi destinado a reformar a igreja e
esclarecer seu papel no Império. A Igreja tornara-se negligente e mundana,
reinava abusos dos clérigos, e leigos importantes da Igreja.
A diferença entre a verdadeira igreja
primitiva e a elaborada maquinaria administrativa montada para o fortalecimento
do poder papal era tão grande que dava lugar a que estivessem sempre em
oposição direta. Tornando difícil dissimular essa disparidade. E deixou de
poder ser contida quando o papado progrediu mais no sentido da eficiência
administrativa do que no campo apostólico. Que no somatório viria a desenvolver
o seu papel na crise do séc. XII.
A reforma que corrigiu os abusos do séc.
XI já não era suficiente, sendo necessário a cada vez mais novas reformas.
Talvez o aumento da população, o
crescimento das cidades, o numero crescente de oficiais, a diminuição da importância
dos rituais e a mudança na aceitação da obediência a autoridade desempenharam a
sua parte na formulação da crise religiosa.
Reagindo
à crise - a vita apostólica
Floresce a tentativa de um retorno ao
exemplo de cristo e dos apóstolos. Com o texto de atos que os apóstolos viviam
fraternalmente, em que tudo o que possuíam era comum, exigindo testemunho de
fé, amor fraternal, pobreza e bem - aventurança.
A vita
apostólica e sua aplicação ajudaram a formular um ideal de vida cristã e os
termos em que ela era vivida. O homem comum voltava a ganhar importância e
ajudaria a espalhar a palavra de Deus tal como nos tempos apostólicos.
Reagindo
à crise – monasticismo
O sistema monástico passou a ser
considerada a verdadeira vida comunitária, porém não se adequava a condição de
cristão – novo na sociedade. O seu principal valor para a comunidade era a sua
função intermediaria.
Os monges sustentavam que a verdadeira
vida apostólica era a deles. Falavam do monarquismo como o “caminho mais certo
para o Céu”, já no fim do séc. XII muita gente não aceitava isso como certo.
Reagindo a crise - a Igreja secular
As reformas no inicio desse período
investiram no sentido de haver conformidades eclesiásticas com os padrões da
vida monástica. O celibato era essencial para essa finalidade. Seguiu-se um
decréscimo daquele sentido de total comunhão de fé que se esperava que a Igreja
proporcionasse.
Reagindo
à crise - o avolumar da religiosidade laica
Um avolumar de leigos que proclamavam o
valor absoluto e literal dos evangelhos.
Todas as classes estavam representadas nesse grupo, atraídos a dar
expressão a um novo estilo de vida através de seu testemunho pessoal.
A
pregação era uma questão central, seguiu-se um declínio no significado do
clero, acompanhada por uma aceitação crescente dos leigos. A fundação das
ordens mendicantes consagrou o evangelismo e a Igreja, o estudo da bíblia
formando a liturgia da igreja. Com esse reconhecimento a igreja se esforçava em
solucionar o surgimento apostólico que acabasse por rejeitar as normas
estabelecidas.
Reagindo
à crise – perigo da heresia
O perigo de interpretações erradas
exigia coisas como evitar a blasfêmia e o juramento, com muitas dessas ideias
podiam ser levadas ao extremo. Leigos que haviam conseguido a liberdade
evangélica podiam abusar dela.
Para limitar este perigo, a igreja tinha
como objetivo estabelecer a ligação com a autoridade para confessar e para
ministrar a penitencia. Na questão da heresia, o que se considerava era a
obediência, embora existisse diferença entre doutrina e interpretação.
Era
possível detectar um conflito entre o anticlericalismo e a vontade de fazer o
que a Igreja desejava. Inocêncio II chamou para si a responsabilidade de tornar
clara a distinção para evitar divisões prejudiciais. Essa distinção permitia
que aqueles que fossem autorizados pela Igreja dessem testemunho de fé e
pregassem. O quadro em que estas crenças se manifestavam tivesse sofrido uma
evolução que refletisse não só o despertar espiritual da vita apostólica como
também a autoridade da igreja.
Muito bom! Mas faltou atribuir a autoria à Brenda Bolton :)
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