Sou Ana Júlia Ribeiro, tenho 16 anos, sou estudante da Rede Públicade de Ensino, participo do Movimento de Ocupação Escolar do Paraná, não, eu não sou burra, manipulada ou alienada, pelo contrário, represento a nova Classe Estudantil do Brasil, conheço meus direitos e sei muito bem pelo que estou lutando! Luto por aquilo que entendo ser a redenção deste país... Luto pelo único caminho para a cultura... Luto pelo principal instrumento de transformação... Eu luto pela EDUCAÇÃO!!!!
sexta-feira, 28 de outubro de 2016
terça-feira, 25 de outubro de 2016
As revoltas populares do início do século XX...será que hoje é diferente?!
Em
1902, na cidade do Rio de Janeiro, tomava posse como Prefeito, o político
Francisco Pereira Passos. Um engenheiro de Piraí que fora agraciado com esta
grande missão. Inicia seu governo cheio de ideias e visões grandiosas para a
“cidade da morte”, forma como o próprio Pereira Passos se referia a Cidade do
Rio de Janeiro. Tinha como política, o saneamento da cidade e a transformação
da mesma em uma capital francesa no Brasil, uma “Paris dos trópicos”.
Alargamentos de ruas e vielas que eram extremamente estreitas e sinuosas,
construção de grandes boulevares, reestruturação do porto da cidade, ou seja,
um embelezamento generalizado era seu principal objetivo político.
No meio desta política, o médico
sanitarista Oswaldo Cruz, aparece como o redentor dos problemas de saúde
pública na cidade do Rio de Janeiro. A informação de que os famosos cortiços,
muito citados por Jane Santucci em sua obra, Cidade Rebelde, eram extremamente
perigosos para a saúde humana, ou seja, insalubres, fez com que o prefeito
desse a ordem de por tudo abaixo. De forma irônica o movimento oriundo deste
ato do governo denominou-se: “Movimento do Bota Abaixo”. Não sendo o bastante
para o médico que tinha com o objetivo “salvar o mundo”, coloca em prática a
vacinação compulsória contra a varíola, sempre em nome do bem público.
Dando um salto para 1910, Bento Ribeiro
toma posse e assume a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. Mesmo ano que
João Candido - aquele que se intitulou “almirante negro” - lidera um grupo, ou
melhor, lidera uma esquadra contra a forma como a marinha realizava as punições
em seus militares, que apanhavam com chibatas, muitas vezes por não limpar o
convés. Este ato não poderia receber outro nome senão: “A revolta da Chibata”,
movimento muito bem argumentado por Maria Inês Roland em sua obra a Revolta da
Chibata – 1910.
Violência gratuita cerceava a cidade e
sua população. Período em que questões sociais eram casos de polícia, que vadiagem
era crime de prisão e que negros ainda eram vistos como um ser subjugado, que
outra conduta poderia tomar o governo senão utilizar da força para reprimir
atos reivindicatórios? Na república velha era assim, ou faz como o governo
manda ou então era “tiro, porrada e Bomba”.
Contudo, nesta
pequena viagem no tempo, que nos leva de 1902 até 1914, ficou implícita uma
pergunta de proporções incalculáveis: E A POPULAÇÃO? É justamente dela que este artigo vai tratar. Mais precisamente como se organizaram em movimentos tão bem
articulados, uma vez que tais movimentos não foram planejados, apenas eclodiram
em uma junção catastrófica de acontecimentos acumulados ha tempos. Será que
aceitaram de bom grado serem expulsos de suas casas? Será que maridos conservadores
aceitaram homens com seringas em punho pegando nos braços de suas esposas e as
“ferir” sem nem lhes dar explicações? Como reagiram os marinheiros a tantos
castigos físicos que há anos eram submetidos? Como o Governo e a Polícia se
posicionaram frente aos acontecimentos? Estas e outras perguntas possuem
respostas diretas, indiretas, questionáveis, objetivas e subjetivas, que serão
tratadas de forma crítica e comparativa leia mais...
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
Que política é essa?!
Com a prisão do ex-presidente da Câmara e deputado cassado, Eduardo Cunha, muitos canais de mídia estão ventilando a possibilidade de piora dos problemas econômicos no País. Baseados em relatos de organizações vinculadas ao setor privado do país, questionam o direcionamento que as polícias econômicas do Presidente Michel Temer tomarão após suposta delação premiada do mais novo Réu da Lava Jato, Eduardo Cunha. Ora, a Justiça agora terá que trabalhar em função da economia do país?! - "Olha senhor juiz, não prende este não pois o dólar vai subir" ou "prende este aí pois os investimentos irão acelerar" - A Justiça é livre de influências, e é assim que tem que ser! Espero muito que todos os corruptos, corruptores e corrompidos sejam devidamente descobertos, investigados e punidos pelos seus atos contra a Nação. Atitudes ignóbeis devem ser punidas para que a corrupção seja extirpada do Brasil de uma vez por todas.
Cada dia mais estamos vendo nomes conhecidos sendo investigados e presos por crimes de corrupção... O que você acha disso tudo? Para você a Justiça deve pensar em fatos externos para julgar? Qual seria a melhor solução para a corrupção no Brasil para você? Comente no blog!!!
Links relacionados:
O espaço é nosso!
A todos um bom dia. Esse canal foi criado para discussão e aprendizado na área das ciências humanas. Não deixem de nos seguir e comentem à vontade, pois, aqui, todas às idéias e ideologias são bem vindas e respeitadas. Fique com a gente, puxe uma cadeira e peça mais uma! O importante é expor opiniões e idéias sobre tudo. Sejam muito bem vindos!
quinta-feira, 20 de outubro de 2016
O mundo que sangra!
Todos os dias, durante os telejornais, nos deparamos com notícias que nos chocam como nunca antes. Os problemas políticos do Brasil são graves, contudo, temos visto coisas que fazem o nosso país parecer um "conto de fadas" frente aos problemas de outros países, o que não diminui a gravidade dos nossos males. O problema dos conflitos no médio oriente nos faz perceber o quanto somos vulneráveis e, basta uma instabilidade político social e econômica para surgirem conflitos que se transformam em verdadeiras guerras...a sociedade, como sempre, acaba ferida física e emocionalmente, levando muitos, por falta de opção e perspectivas, a fugirem da região onde vivem para sobreviverem ao caos...deixam de viver a vida e passam a sobreviver na vida.
De acordo com dados da ONU (Organização das Nações Unidas), cerca de 2,5 mil imigrantes se afogaram no mar Mediterrâneo neste ano vítimas dos muitos barcos superlotados que tentam chegar à costa da Itália e da Grécia. O fluxo de pessoas desesperadas que parte da Síria e do norte da África na tentativa de alcançar a Europa já é muito maior que o registrado no mesmo período do ano passado. Números recentes mostram que milhares de pessoas estão usando uma rota perigosa através dos Bálcãs para chegar à Alemanha e a outros países do norte da União Europeia (UE). Na última semana, novas tragédias voltaram a expor ao mundo a gravidade do problema. Confira algumas questões-chave para entender a crise:
Quantas pessoas estão migrando?
Mais de 300 mil imigrantes já arriscaram suas vidas tentando atravessar o Mediterrâneo neste ano, segundo as Nações Unidas. Em todo o ano passado, foram 219 mil pessoas. Cerca de 200 mil pessoas desembarcaram na Grécia desde janeiro, enquanto outras 110 mil chegaram à Itália.
Enquanto milhares precisam de apoio, muitos países da Europa fecham suas portas para o problema. Em questões políticas, econômicas e sociais e compreensível tal atitude, contudo, do ponto de vista humanitário já não podemos dizer o mesmo.
Links sobre o tema:
segunda-feira, 17 de outubro de 2016
Imigração e Identidade
O século XIX foi o
berço de mudanças no cenário internacional, da criação da disciplina História
nas academias até grandes revoluções dentro e fora do Brasil. País que, no
século em questão, traçava um incipiente projeto de construção nacional.
Inúmeras ideologias e ideias surgiam em meio a intelectuais que já começavam a
ver o negro e o índio como problemas para que o Brasil se tornasse uma Nação.
Muitos teóricos como Euclides da Cunha, Joaquim Nabuco, Nina Rodrigues, Silvio
Romero, Mello Moraes, Capistrano de Abreu, entre outros, possibilitaram a
idealização de que a solução para o país seria um processo de “melhoramento” em
busca da sociedade ideal compatível com uma ideia de um Brasil grande e forte.
O processo em questão foi então chamado de
“embranquecimento” da sociedade e para que pudesse acontecer seria necessário à
maior presença, segundo os estudiosos do período, de uma “raça” superior,
preferencialmente o europeu branco. A princípio deu-se preferência aos alemães
e com o tempo o estado brasileiro percebeu que os italianos, portugueses e
espanhóis eram melhores para a sua política de imigração, pois, seriam
considerados grupos mais assimiláveis. O ideário de construção nacional do
estado brasileiro consistia de algumas políticas fundamentais para que o
objetivo do governo fosse atingido, possibilitando a vinda de imigrantes brancos europeus, e a política
de assimilação e/ou caldeamento, que garantiria a inserção integral destes
migrantes a sociedade, em muitos momentos, inclusive, com o uso da força.
Processos políticos que alteraram a estrutura social do país e a abordagem do
estado para com a sociedade sendo, desta forma, os imigrantes muitas vezes penalizados
com as condutas do governo e passando por um período bem complexo por conta
disso.
O
final do século XIX e a Primeira metade do século XX foram palco de ideais que objetivavam transformar o Brasil em uma Nação forte e
grande, assim como, construir uma identidade nacional única no país. A forma
que o governo encontrou foi através de políticas que promoveram muito
desconforto para a comunidade imigrante do país e que acabaram promovendo um
olhar preconceituoso dos brasileiros natos em desfavor dos migrantes que
permeavam a sociedade da época. A tentativa de “incorporar” os imigrantes a
todo e qualquer custo na população nacional somente dificultou a sensação de
pertencimento destes a sociedade brasileira.
Segue link para aprofundar o conhecimento sobre o tema:
sexta-feira, 14 de outubro de 2016
UPPs: A solução em crise!
A saída de Beltrame da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro foi a grande surpresa da semana. Especialistas afirmam que isso já era sinalizado pelo próprio Secretário em suas aparições públicas. Desta forma, este fato nos leva a refletir um pouco sobre o famoso "projeto UPPs". Desde 2008, José Mariano Beltrame, está a frente da pacificação das comunidades, até então, dominadas pelo tráfico de drogas no RJ. Com sua saída, nos resta a dúvida: será que as UPPs foram realmente um bom negócio? Creio que a resposta é sim, contudo, o que se consegue entender é que faltou o restante dos "braços" do Estado nas regiões pacificadas. Entrou a polícia, reprimiu as atividades ilícitas, porém, os recursos estatais como: projetos sociais, limpeza urbana, transporte público, saneamento, cultura, educação...não entraram, deixando para a polícia toda a demanda de necessidades da comunidade.
O próprio Secretário Beltrame já havia se posicionado sobre a falta das outras funções do Estado nas áreas pacificadas. Ora, se o Estado foi alertado sobre a falta, poque não solucionou o problema? Por falta de dinheiro? Ou será por má gestão? As respostas já foram dadas no decorrer deste ano, vale lembrar que o Rio de Janeiro passa pela pior crise financeira da sua história.
A solução para a crise que vive o "projeto UPPs" ainda esta muito distante, Policiais com salários atrasados, trabalhando sem receber o regime adicional de serviço a meses... Só distanciam a resolução do problema. Enquanto isso o crime organizado está retomando territórios e quem sofre com tudo isso, como sempre, é a população. Pensem nisso!
Abaixo seguem alguns artigos sobre as UPPs que merecem ser apreciados.
Iniciando as atividades!!
"Tá cansado de ouvir história? Vem falar, aprender, debater e ensinar. Quer melhor lugar pra encontrar amigos que num botequim?"
Boa tarde!!!! E é assim, com as palavras do ilustre Prof.: Geraldo (Gege), que começamos as atividades do nosso blog. Sejam muito bem vindos ao "Botequim da História".
Este canal tem por objetivo incentivar o debate sobre os mais variados temas e, despertar no leitor a vontade de pesquisar, dialogar e adquirir conhecimento. Este é um espaço democrático e respeitaremos toda e qualquer opinião, visão e ideologia. Aqui não haverá espaço para a intolerância, portanto, respeitaremos os direitos de todos. Com toda certeza este espaço é para todos que desejarem aprender e contribuir.
Toda semana o blog receberá novas postagens com documentos, links, sites, artigos, vídeos... Sobre todo e qualquer tema que se relacione com as Ciências Humanas. Sociologia, História, Antropologia, Política, Filosofia e Educação são as disciplinas que estarão conosco nesta nova empreitada. Sintam-se em casa e lembrem-se sempre: "Sempre aprendam se divertindo!"
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