segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

O Egito Antigo



                            



     Os antigos egípcios formaram uma civilização que começou a florescer no fim da Pré-História, às margens do rio Nilo, no desértico nordeste da áfrica, e estendeu-se até o fim da Antiguidade. A existência da Civilização só foi possível em razão das cheias periódicas do rio, que fertilizavam o solo, tornando-o próprio para agricultura. Heródoto já dizia que "o Egito é um presente do Nilo.". A história dos antigos egípcios é dividida em dois grandes períodos: o Pré-dinástico e o dinástico.
     No início da Antiguidade, a civilização egípcia via-se organizada em espécies de clãs denominados nomos, cujo líderes eram chamados de nomarcas. por volta de 3500 a.C., os nomos se agruparam formando dois reinos: um ao norte (Baixo Egito) e outro no sul (Alto Egito). Em 3200 a.C., o chefe do Alto Império, Menés, considerado o primeiro faraó egípcio, conquistou o Baixo Egito e unificou a região. Nesse momento iniciou-se o período dinástico.
     A era dos Faraós começou com o estabelecimento da monarquia teocrática: todo o poder político e religioso ficava concentrado no soberano, considerado um Deus vivo. Ele era o dono de todas as terras e ocupava o topo da pirâmide social, seguindo pela Nobreza, pelos artesãos e camponeses servos e pelos escravos. O período dinástico é dividido em três fases: o Antigo, Médio e Novo Império.
     O Antigo Império é marcado pela construção das grandes pirâmides de Gizé, erguidas pelos Faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos, demonstrando seu poder monárquico. Porém, no fim do período, por volta de 2300 a.C., os nomarcas, antigos lideres dos clãs, voltaram a ganhar importância política. O poder se descentralizou e ocorreu uma série de revoltas sociais e lutas entre os líderes locais, comprometendo a economia do império.
     No médio Império, após intensos confrontos com os nomarcas, restabeleceu-se o poder dos faraós, e Tebas tornou-se a nova capital, substituindo Mênfis. Entretanto, os hicsos , estrangeiros asiáticos, começaram a se instalar no delta do Nilo e, por volta de 1750 a.C., munidos de carros de combate puxados por cavalos, novidades para a época, tomaram o poder do Império. Seguiram-se quase dois séculos de dominação estrangeira.
     No Novo Império, depois de finalmente expulsar os hicsos, os egípcios deram início à maior expansão territorial de sua história. Alguns dos Faraós mais importantes da época foram Tutmés III, que criou um exército permanente; Amenófis IV, que tentou diminuir o poder dos sacerdotes ao lançar uma reforma religiosa monoteísta; e Ramsés II, em cujo reinado o império viveu o auge militar, cultural e econômico. No fim do Novo Império, a monarquia foi conquistada pelos assírios. os egípcios chegaram a restabelecer o poder brevemente, mas não resistiram a invasão persa em 525 a.C., que selou definitivamente o fim de sua história independente na Antiguidade. Nos séculos seguintes, o território ainda seria ocupado por macedônios e romanos.  


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